domingo, 3 de agosto de 2008


Havia visto em você um amigo
Havia visto em você um abrigo

O tempo passou e as coisas mudaram,
O tempo mudou e as coisas passaram,

E eu não consegui disfarçar
E eu não consegui evitar.

Com meias palavras a gente se foi.
A frase “Eu te amo” virou apenas “Oi”.

Um faria o outro feliz
E tudo passou por um triz.

Quando eu decidi te deixar
Foi tarde pra você acreditar

Mas aconteceu, e aqui estou;
Deitada na cama com o que me restou:

Algumas palavras de carinho...
Um pouco de pó pelo caminho.

Tudo foi tão simples e intenso
Que me faltou bom senso.

E essa falta se transformou em erro
E minha despedida soou como um apelo.

Eu não agüentaria uma nova ferida
Eu apenas busquei uma saída

E, para não entrar pela porta errada
Espero manter a distância exata.

Mesmo que esse seja um erro fatal
Mesmo que esse seja um medo banal

Assim ficaremos por um bom tempo
Esperando cicatrizar esse corte lento.

Desejo que você fique bem.
Deseje isso pra mim também.

Desejo a você encontrar alguém como eu.
Mas sem a passividade que você escondeu!

Sem especulações baratas e impossíveis
Seja feliz! Arrume mulheres imprevisíveis

E não esqueça do nosso estar junto-separado.
Não esqueça que estive ao seu lado.
(Foto cedida pela Alline; para ver mais, http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=6064006063270360152)

Não queria escrever versos tristes
Mas fui pego por alguma gastrite.
Queria falar sobre o pôr-do-sol
Mas fui fisgado por algum anzol.
E, por mais que eu tente me soltar,
Não chegarei a nenhum lugar.
Eu penso em coisas para escrever,
Coisas das quais não vou me arrepender.

Mas o arrependimento existe.
Eu não queria escrever versos tristes.
Mesmo não conseguindo disfarçar,
Acho que dessa vez não vai passar.
E, como sempre, estarei enganado.
Eu, que nunca admiti ser usado,
Fiquei perdido nessa mesma estação.
As flores que estão aqui logo se irão...

E tudo se vai sem que eu permite.
E eu não queria escrever versos tristes.
Queria escrever coisas doces de se ler.
Ou um remédio para me entorpecer.
Nessa noite, queria ser manchete de jornal,
Uma nota curta, uma coisa natural.
Isso não passa de um drama gigante;
Uma coisa qualquer, algo distante.

E essa distância ainda existe,
Mas não queria escrever versos tristes.
De tanto repetir, caio em contradição.
É coisa demais para meu coração.
Coração que está cada vez mais fraco,
Por causa do amor, da bebida, do cigarro.
Fumar menos, beber menos, dormir mais;
Sonhar infinitamente, ainda que incapaz.

E sonhar é algo que me derruba tanto
Que versos tristes surgem sem nenhum espanto.
E para essa contradição que existe
O pensamento triste ainda insiste
Eu queria um verso purificado
Mas ela não está dói meu lado.
Ela está na minha frente
E nada foi diferente.

E essa diferença não permite
Que não escreva versos tristes.
Mas como essa tristeza, que têm seu lugar,
Esses versos irão acabar
E tudo vai ser como sempre foi.
Essa melancolia ficará pra depois
E dará lugar à saudade do que nunca existiu,
Saudade daquilo que já partiu.

E, a cada partida, eu escreverei:
Versos alegres, tristes, tudo aquilo que errei.
Quem sabe, versos triste só ficarão no papel
E no lugar deles, haverá um beijo de mel.
Com versos, tento esconder a mudez
E com a barba, escondia a palidez
De alguém que não têm nada a oferecer:
Apenas versos tristes...e algum vão prazer!

(Foto cedida por Bia Hobi Moreira....para ver mais: http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=9959835545606203442)

Baladas...


Mais uma dança, por favor?
Uma dose de esquecimento...
Mais uma dose, por favor?
Um pouco mais de movimento...
Ao fim da música, a gente se vai...
E tudo volta ao normal.
Ao fim da dose, nossas cabeças giram...
E a gente tenta ser natural...

E no fim da noite ela foi embora....
Telefonou, conversou e disse: "Até!"
Eu pagei a conta, fui em seguida
E tentei manter acesa a fé.
Enquanto isso, nunguém viu nada.
E a Lua caminhou para o Oeste.
As pessoas ao redor se abstiveram...
E o vento me assoprou alguma peste.

Fiz de conta que a peste não me atingiu
E fui o mais longe que pude!
Me concentrarei em outras noites...
E evitarei esse tempo rude...
Um sambinha, um balé, ou barulho
Qualquer remédio é bem vindo.
Qualquer esquecimento me ajuda.
E alguma dose de um bom vinho!
(Foto cedida por Bia Hobi Moreira....para ver mais: http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=9959835545606203442)