terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Andei um pouco afastado nesses últimos tempos; mas pretendo voltar com poesias novas!
Até!

João!

domingo, 3 de agosto de 2008


Havia visto em você um amigo
Havia visto em você um abrigo

O tempo passou e as coisas mudaram,
O tempo mudou e as coisas passaram,

E eu não consegui disfarçar
E eu não consegui evitar.

Com meias palavras a gente se foi.
A frase “Eu te amo” virou apenas “Oi”.

Um faria o outro feliz
E tudo passou por um triz.

Quando eu decidi te deixar
Foi tarde pra você acreditar

Mas aconteceu, e aqui estou;
Deitada na cama com o que me restou:

Algumas palavras de carinho...
Um pouco de pó pelo caminho.

Tudo foi tão simples e intenso
Que me faltou bom senso.

E essa falta se transformou em erro
E minha despedida soou como um apelo.

Eu não agüentaria uma nova ferida
Eu apenas busquei uma saída

E, para não entrar pela porta errada
Espero manter a distância exata.

Mesmo que esse seja um erro fatal
Mesmo que esse seja um medo banal

Assim ficaremos por um bom tempo
Esperando cicatrizar esse corte lento.

Desejo que você fique bem.
Deseje isso pra mim também.

Desejo a você encontrar alguém como eu.
Mas sem a passividade que você escondeu!

Sem especulações baratas e impossíveis
Seja feliz! Arrume mulheres imprevisíveis

E não esqueça do nosso estar junto-separado.
Não esqueça que estive ao seu lado.
(Foto cedida pela Alline; para ver mais, http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=6064006063270360152)

Não queria escrever versos tristes
Mas fui pego por alguma gastrite.
Queria falar sobre o pôr-do-sol
Mas fui fisgado por algum anzol.
E, por mais que eu tente me soltar,
Não chegarei a nenhum lugar.
Eu penso em coisas para escrever,
Coisas das quais não vou me arrepender.

Mas o arrependimento existe.
Eu não queria escrever versos tristes.
Mesmo não conseguindo disfarçar,
Acho que dessa vez não vai passar.
E, como sempre, estarei enganado.
Eu, que nunca admiti ser usado,
Fiquei perdido nessa mesma estação.
As flores que estão aqui logo se irão...

E tudo se vai sem que eu permite.
E eu não queria escrever versos tristes.
Queria escrever coisas doces de se ler.
Ou um remédio para me entorpecer.
Nessa noite, queria ser manchete de jornal,
Uma nota curta, uma coisa natural.
Isso não passa de um drama gigante;
Uma coisa qualquer, algo distante.

E essa distância ainda existe,
Mas não queria escrever versos tristes.
De tanto repetir, caio em contradição.
É coisa demais para meu coração.
Coração que está cada vez mais fraco,
Por causa do amor, da bebida, do cigarro.
Fumar menos, beber menos, dormir mais;
Sonhar infinitamente, ainda que incapaz.

E sonhar é algo que me derruba tanto
Que versos tristes surgem sem nenhum espanto.
E para essa contradição que existe
O pensamento triste ainda insiste
Eu queria um verso purificado
Mas ela não está dói meu lado.
Ela está na minha frente
E nada foi diferente.

E essa diferença não permite
Que não escreva versos tristes.
Mas como essa tristeza, que têm seu lugar,
Esses versos irão acabar
E tudo vai ser como sempre foi.
Essa melancolia ficará pra depois
E dará lugar à saudade do que nunca existiu,
Saudade daquilo que já partiu.

E, a cada partida, eu escreverei:
Versos alegres, tristes, tudo aquilo que errei.
Quem sabe, versos triste só ficarão no papel
E no lugar deles, haverá um beijo de mel.
Com versos, tento esconder a mudez
E com a barba, escondia a palidez
De alguém que não têm nada a oferecer:
Apenas versos tristes...e algum vão prazer!

(Foto cedida por Bia Hobi Moreira....para ver mais: http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=9959835545606203442)

Baladas...


Mais uma dança, por favor?
Uma dose de esquecimento...
Mais uma dose, por favor?
Um pouco mais de movimento...
Ao fim da música, a gente se vai...
E tudo volta ao normal.
Ao fim da dose, nossas cabeças giram...
E a gente tenta ser natural...

E no fim da noite ela foi embora....
Telefonou, conversou e disse: "Até!"
Eu pagei a conta, fui em seguida
E tentei manter acesa a fé.
Enquanto isso, nunguém viu nada.
E a Lua caminhou para o Oeste.
As pessoas ao redor se abstiveram...
E o vento me assoprou alguma peste.

Fiz de conta que a peste não me atingiu
E fui o mais longe que pude!
Me concentrarei em outras noites...
E evitarei esse tempo rude...
Um sambinha, um balé, ou barulho
Qualquer remédio é bem vindo.
Qualquer esquecimento me ajuda.
E alguma dose de um bom vinho!
(Foto cedida por Bia Hobi Moreira....para ver mais: http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=9959835545606203442)

terça-feira, 29 de julho de 2008

Aleluia

Em segredo eles se encontraram
Ele revelou-lhe todos seus segredos
E ela lhe contou parte de suas angústias
E em segredo eles se encantaram.

Tudo pareceu correto e racional.
O "boa tarde" e o "até logo" foram iguais;
Não houve nenhuma novidade
E tudo pareceu tão natural.

E se o pensamento tivesse se escondido,
E os anjos tivessem cantado "Amem",
Haveria espaço para mais,
E alguma coisa teria ocorrido.

No caminho ele pensou consigo mesmo:
"Senhor: retire o Nada de minha solidão."
Desde então, o que soube dela foi muito pouco.
E tudo ficou meio a esmo.

E, de café em café, de cigarro em cigarro,
Eles ficaram como sempre estiveram:
Ela coma sua vida, ele com a dele.
Em pratos limpos e sem retalhos.

Sobre ela, nunca poderemos saber,
Mas sobre ele, há sempre velhas novidades.
Ele, que se confunde com ela, contigo e comigo.
Talvez ele nunca saiba o que dizer.

Mas, das suas dúvidas, sabe a altura.
Sabe que em cada fim de noite há um convite.
E em cada amanhecer há um "talvez"
E em cada voz há um canto: Aleluia.

sábado, 26 de julho de 2008

Axioma



O mundo me condenou
E ninguém se importou.
Ainda assim, cheguei onde queria;
Com amor, com dor, com um guia.

O tempo passou, e eu não me importei
Com as pessoas e nem com o que atravessei.
Afinal, se fosse importante de verdade
Eu seria vítima de alguma vã caridade.

Pois vejo que cometi um engano:
É importante sim, ainda que desumano.
E eu precisei olhar toda a cidade para ver;
E após tanta descrença, eu acabei por crer.

E, crente numa força que eu não sei se há;
Mesmo sem saber o porquê, me pus a rezar.
“Faça com que o medo não transborde em meu coração febril!
E, se for preciso, feche a porta que outrora abriu!”

No fim de tudo, independente de ser um ou outro
Andei, achei e vim ao seu encontro.
“Aquela que me mostrou que na vida não cabem especulações;
Só o que se devemos fazer são opções:

Mudar ou permanecer da mesma forma?
Questionar: “Porque se ri?” ou “Porque se chora?”?
E não ser apenas mais um no mundo
Como o santo que adora seu deus e é mudo.

(foto tirada pela fotógrafa Alline...link em breve)

Teoria


Acabo de ler mais outro clássico...
Mais contato com a Civilização...
Mas isso vai nos ajudar?

Outra reviravolta da Consciência....
Outra Superação da Razão...
E Isso dará alguma solução?

Palavras que não mudarão nada...
Palavras não ajudarão em nada...
Mais um pouco de vida se vai.

Um titúlo de cidadão de respeito...
Caricatura de personagens no espelho.
E mais um pouco de vida se vai...

As grandes idéias salvarão o mundo?
Os grandes clássicos liberatrão os povos?
Perguntas que estão sem respostas...

A História irá marcar minha história?
O Conhecimento reconhecerá meu conhecimento?
Perguntas que estão tão distantes...

A falta de vagas de trabalho me deixa vago...
A esperança desse livro acabar me deixa calmo...
As drogas que não posso usar me deixam alto...

E quando minhas idéias existirem no mundo
Todas as máquina irão me substituir...
E me sobrará tempo para pensar...

Tempo para, ler, refletir e responder:
Como pudemos deixar isso tudo acontecer?
E de tabnta vergonha me esconder...

Pois, se seus versos são simples, curtos,
E conseguem expressar o que quero dizer:
Esses versos são grandes, inúteis e sem razão de ser.

domingo, 13 de julho de 2008

Repetições


Juntam-se palavras...e nada é dito.
Somam-se ações...e nada é feito.
E sempre a coisa se repete...
E sempre a coisa se repete...
E sempre a coisa se repete...

Mais um dia acabou...do mesmo jeito.
Mais uma hora passou...da mesma forma.
E não saímos do mesmo lugar...
E não saímos do mesmo lugar...
E não saímos do mesmo lugar...

Quando isso vai mudar...eu não sei!
Como isso vai me atingir...eu já sei!
Não creio que dependa de mim...
Não creio que dependa de mim...
Não creio que dependa de mim...

Reservei essas palavras pra atingir
Reservei esas palavras pra machucar...
Elas estão saindo sem a razão de ser...
Elas estão saindo sem a razão de ser...
Elas estão saindo sem a razão de ser...

E dessas repetições...passam-se dias!
E dessas repetições...passam-se meses!
E dessas repetições...passam-se anos!
E eu te pergunto: o que fizemos?
E você me responde: porque pensamos?

E a gente se despede e segue em frente.
A gente finge que nada existiu...
E ninguém confirma que desistiu...
E ninguém confirma que desistiu...
E ninguém confirma que desistiu...

E mais um dia continua...um como o outro.
A gente diz: "Oi", Tchau", "Bom dia!"...
E que amanhã tudo será diferente...
E que amanhã tudo será diferente...
E que amanhã tudo será diferente...

E tudo continua igual...sem começo e sem fim.
Tudo acaba como começou: assim.
E não haverá mais nada pra crer...
E não haverá mais nada a fazer...
E não haverá mais nada a dizer...

(foto cedida pela Vanessa Katrina...)

"Queria escrever os versos mais tristes essa noite..."


Como me disse um poeta:
"queria escrever nesta noite
os versos mais tristes que existem."
Pra ver a tristeza passar meu tempo,
me livrar de algum vão arrependimento.

Queria ver nessa noite
o céu mais lindo que já vi
e que por algum motivo se esconde.
Se esconde, mas por uma boa causa,
para se esconder de alguma desgraça.

E meu violão que já tocou Para Elisa
Hoje está em silêncio cabal.
Hoje ele chora num quarto vazio
E tenta disfarçar toda a dor que têm,
Tenta embarcar no próximo trem.

E que hora esse trem vai chegar?
As sete, às onze...amanhã ou depois?
Ainda assim, isso não faz diferença
Independente da condição, do dia, da hora
Quando meu violão quer cantar, ele chora.

E, de lágrima em lágrima, ficam os versos.
Tristes, vazios, talvez sem um porquê.
E entre os poetas, as músicas, os músicos.
Esses versos irão soprar como o vento.
E me machucam com meu pensamento.

E, desses versos tristes que hoje sou,
Restam, entre outras coisas, a dor.
De não saber se é culpa ou saudade.
E se meu violão não quer mais tocar,
o que me resta: sentar e lamentar.

Lamentar o violão, as músicas e as pessoas
Que mesmo tendo muito a me dizer
Preferiram o silêncio que me agride.
E de agressão a agressão aqui estou,
Esperando amanhecer parar ouvir sua voz.

(Pois penso que isso ainda me restou.)

sexta-feira, 11 de julho de 2008


Prometo te cumprimentar
Ao te ver andando pela rua.

Vou torcer pra te ver feliz;
Felicidade que será só tua.

Vou sentir falta das suas lágrimas.
E também da sua respiração.

Mas viverei com minha paz
e com minha desatençaõ.

Mas vou te ver feliz logo mais
Em alguma praça da sua vida.

Praças que guardam segredos que nem sei
E que aponta milhares de saídas.

A felicidade tem fim, mas está lá
Escondida em homens, mulheres e crianças

Todos prontos para nos acolher
E nos movimentar, conforme a dança

E, já que uma fase da vida passou
A gente vai se ver pouco e ter o que falar

E todos nossos sonhos vão se esfarelar
como as cinzas do que iremos tragar.

E, de trago em trago, de oi em oi
Tudo o que ocorreu trouxe algo de bom.

Nos evitou de viver sem surpresas:
Uma amizade no mesmo tom.

Na margem da estrada



Na margem da estrada eu sentei e pensei:
Tanta indiferença nos têm tornado superficiais.
Na frente do computador eu quis me queixar:
O que faço para o mundo melhorar?

Olhando minhas mensagens eu pude perceber:
O mundo é bem maior do que a tela do micro.
Envolto em toda esta burocracia eu vacilei...
Eu chamei a polícia, eu impus o castigo.

No fim de mais um dia eu parei e chorei:
Está acabando tudo o que poderíamos mudar.
Na minha sala eu estive pensando:
Como colocar tudo em um bom lugar?

Esse é um papel que o homem deveria ler.
Eis que a vida começa e acaba a cada pôr do sol,
Esse é o papel que cada homem deveria ter.

Enquanto eu escrevia estas linhas, eu pensava:
Eu fico triste por somente assinar papéis.
Eu fico triste por não poder fazer nada.

Longos caminhos

O tempo nos apunhala.
O que podemos fazer?
Nada, afinal isso vai e volta.
O que poderíamos fazer?

Todos os dias nós choramos.
Mas porque, se é tudo em vão?
Sempre pensamos em nossas crises
Que nunca têm solução.
Todos os dias nós sofremos
Por que? Será sempre assim?
Todas as noites nos perguntamos,
Em vão: Será sempre assim?

O tempo nos faz desaparecer
Só podemos dizer adeus.
Afinal, o tempo nos apunhala.
Quando não acontece isso?

Todos os dias perdemos nossos sonhos
E isso já se tornou tão normal...
Todas as noites nos perguntamos: quem somos?
A resposta não vem; outra noite é igual.
Em todo o "amanhã", o "ontem" nos incomoda.
E o tempo que passou nos para.
Em todo "amanhã", o "ontem" é o juiz.
O tempo todo o "tempo" nos caça.

O tempo nos deixa confusos,
Estamos sempre sozinhos.
Afinal, o tempo nos faz desaparecer
Nas estradas desses longos caminhos.

Todos os dias, o que é não foi,
E assim sempre será.
Todas as noites, o certo está errado
E isso nos faz chorar.
Sempre nós tentamos tentar,
Mas nunca conseguimos conseguir.
Tudo está ao avesso:
É fácil chorar e difícil sorrir.

O tempo nos faz desistir:
Voltar tudo o que andamos.
Mas, e esses longos caminhos?
Não foi com isso que sonhamos.

(foto cedida pela Kátia, uma amiga que está um pouco longe...num tal de Japão!)

Conflito


O político deu lugar ao pensante...
O racional deu lugar ao emocional...
O homem se dividiu em dois
E deixou a sociedade para depois!

Como alguém pôde fazer isso?
A quem cabe a resposta disso?
Deixemos por instante ele em paz.
Nós sabemos porque é isso que a gente faz.

E não adianta apenas criticar
Pois as palavras não vão mudar
O mundo que devemos construir
E toda a insensatez que devemos destruir.

E a liberdade deu lugar à introspecção;
E o sentimento tomou o lugar da razão;
E tudo deve estar em seu lugar...
Pois outra luta irá começar...
(foto cedida pela minha aluna/amiga Júlia)

Desarme-se


Desarme-se agora
Antes que seus medos
Vençam seus sonhos;
Antes que o mal
Torne-se habitual.
Desarme-se hoje,
Antes que os tiros do amanhã
Furem o seu corpo pela manhã;
Antes que todo amor
Se transforme em dor.

Os assassinos estão aí
E só não vê quem não quer.
As grades estão nas janelas
Para você se "proteger";
É isso que te faz ver
Que as ruas estão vazias
E as pessoas estão em abrigos
Longe de todos os seus amigos.
Livres de qualquer perigo?
Isso pode ser possível?

Desarme-se agora
E deixe os garotos brincarem
E serem felizes como eu não sou.
Como? Eu não sei onde estou?
Eu posso estar aí, ou aqui...
Se eu vejo tudo que é bom sumindo,
E se, quem chegou já está indo,
Eu sou uma exceção, sou invisível
Não fique assistindo o meu sofrer:
Desarme-se; deixe o garoto crescer.

quarta-feira, 9 de julho de 2008


Mais um pouco de vida se vai...
Na fumaça de um cigarro qualquer
Eu que já fui são...hoje estou louco.
Eu que já gritei...hoje estou rouco.

Mais um pouco de calma por enquanto.
E mais um copo de vinho essa noite...
E eu que era lúcido...me embriaguei...
E eu que era amistoso...me vinguei!

Pois quando os anjos cantaram "Amém"
Eu levantei e dei um grito: Não sei...
E de tanto gritar acordei quem dormia.
E ninguém me compreendia.

O vinho que bebi me deixou tão alto...
E daqui de cima vejo tudo melhor.
Eu, que usei óculos, hoje vejo o que não devia.
Separei razão e emoção, como queria.

Talvez voltaremos a ser felizes?
Ou continuaremos a ser nós memos?
E eu que já fui feliz...estou pensando.
Eu que me perdi tantas vezes estou achando.
E assim que levantar vou achar uma saída.
E vou continuar com minha vida normal.
Eu que fiz tantos planos tento fazer versos.
Eu queria tantas mudanças no meu universo.

Noites longas


Mais uma noite que chegou
Mais um dia que passou
Mais uma tarde sem se ver
E a vida continua pra valer
Amigos que mal conversam
Amigos que não se vêem.
Longe um do outro, vivemos em paz
Paz que eu trocaria por algo mais.

Quanto eu queria ser alguém!
Quantas vezes queria estar perto.
Se só posso escrever, escrevo.
E enquanto você está longe, desejo.

Mais um dia conversamos
E não passamos da conformidade:
"Boa Noite! Tudo bem? Beijos. Até."
O bastante para não perder a fé.

Enquanto não crio coragem pra dizer
Enquanto você quiser ficar como está.
Ficaremos do jeito que estamos agora.
Até nos vermos amanhã nesta mesma hora.

E para me despedir de um jeito novo
Para despedir-me de forma diferente
Mando-te essas palavras de descanso
Uma forma de agradecer por seu encanto.

Viagem


Pouco a pouco o tempo passou
E toda a certeza virou medo...
Tantos dias a gente esperou
Como pó levado pelo vento...

Enquanto construíamos o destino
Será que esquecemos de alguém?
Quanto de mim ficará para trás?
Quanto ficará de você também?

E sobre a voz suave do tempo
não entendi o que ela me disse...
E sobre tudo que não vi e não fiz
sobra o que eu queria que ela visse...
E ao escrever esses versos métricos
o tempo passa e eu não faço nada.
E ao perguntar: "onde Deus pode me ouvir?"
a esperança nada e a vontade passa...

E de mar em mar, de canto em canto...
contei meses, dias, horas, minutos
E nessa história de cada qual no seu canto
medos e amores pularam por sobre muros.

E se nenhum de nós cair dos muros.
A gente se vê e decide o que fazer...
E dependendo do rumo haverá a pergunta:
"Medo ou malas: o que trazer?"

terça-feira, 8 de julho de 2008

Revoluçamba


Chega do intermediário.
O samba é instrumento...
e tem urgência em acordar
e tem que se conscientizar.

O samba não precisa ser feliz.
O samba é instrumento do povo.
E deve ser tratado como tal.
E deve ser um instrumento real.

Descaracterizar o samba
é a artimanha do mercado...
Que quer um povo inculto
que quer um povo alienado.

Salvem o verdadeiro samba
aquele que mata pra revolução
Mata a estupidez, o que é falso
E joga o mal no cadafalso.

Dêem o samba a quem merece:
ao que sustenta a elite branca.
O sujeito que não come
e se sujeita ao que não dorme.

E quando o samba revolucionar,
E instaurar ordem e progresso.
O mecado e a elite se renderão.
E serão executados sem perdão.

Desplugado


Vou me desplugar do mundo.
Com um corte lento e profundo...
Para ver tudo ao fundo...

Vou me afastar do jogo.
Antes que eu perca o sono...
Antes que acabe o sonho...

Vou me desligar da tela.
Antes que acabe a vela....
para não manchar a aquarela.

Vou me estabanar no chão.
Antes do fim da Construção...
Depois de um último vagão...

Vou quebrar meus espelhos.
Para ver vencer os meus medos...
para não enxergar meus segredos...

E, se houver espaço pra mais,
Vou querer sempre mais...
Vou correr sempre atrás...

E se pensar que nada mais resta,
Vou cravar um sinal na testa...
E me vestir pra festa!

E da festa vou pra algum lugar...
Esquecer tudo o que me faz cantar...
E evitar tudo o que me faz pensar...

segunda-feira, 7 de julho de 2008


Aos poucos e com medo...

Mais um blog com textos "diferentes"...de poesias à reflexos.
Não reflexões; e sim reflexos, de tudo o que houve, do que há e do que haverá (se chegarmos até lá!).

Nunca consegui encaixar meus escritos em correntes (todo escritor diz isso...), nem alinhá-los ao que vejo blogs e sites por aí...acho meus escritos muito sistemáticos, quase parnasianos...

Espero que com qualidade...

Bem vindos!