quarta-feira, 9 de julho de 2008

Viagem


Pouco a pouco o tempo passou
E toda a certeza virou medo...
Tantos dias a gente esperou
Como pó levado pelo vento...

Enquanto construíamos o destino
Será que esquecemos de alguém?
Quanto de mim ficará para trás?
Quanto ficará de você também?

E sobre a voz suave do tempo
não entendi o que ela me disse...
E sobre tudo que não vi e não fiz
sobra o que eu queria que ela visse...
E ao escrever esses versos métricos
o tempo passa e eu não faço nada.
E ao perguntar: "onde Deus pode me ouvir?"
a esperança nada e a vontade passa...

E de mar em mar, de canto em canto...
contei meses, dias, horas, minutos
E nessa história de cada qual no seu canto
medos e amores pularam por sobre muros.

E se nenhum de nós cair dos muros.
A gente se vê e decide o que fazer...
E dependendo do rumo haverá a pergunta:
"Medo ou malas: o que trazer?"

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