domingo, 13 de julho de 2008

"Queria escrever os versos mais tristes essa noite..."


Como me disse um poeta:
"queria escrever nesta noite
os versos mais tristes que existem."
Pra ver a tristeza passar meu tempo,
me livrar de algum vão arrependimento.

Queria ver nessa noite
o céu mais lindo que já vi
e que por algum motivo se esconde.
Se esconde, mas por uma boa causa,
para se esconder de alguma desgraça.

E meu violão que já tocou Para Elisa
Hoje está em silêncio cabal.
Hoje ele chora num quarto vazio
E tenta disfarçar toda a dor que têm,
Tenta embarcar no próximo trem.

E que hora esse trem vai chegar?
As sete, às onze...amanhã ou depois?
Ainda assim, isso não faz diferença
Independente da condição, do dia, da hora
Quando meu violão quer cantar, ele chora.

E, de lágrima em lágrima, ficam os versos.
Tristes, vazios, talvez sem um porquê.
E entre os poetas, as músicas, os músicos.
Esses versos irão soprar como o vento.
E me machucam com meu pensamento.

E, desses versos tristes que hoje sou,
Restam, entre outras coisas, a dor.
De não saber se é culpa ou saudade.
E se meu violão não quer mais tocar,
o que me resta: sentar e lamentar.

Lamentar o violão, as músicas e as pessoas
Que mesmo tendo muito a me dizer
Preferiram o silêncio que me agride.
E de agressão a agressão aqui estou,
Esperando amanhecer parar ouvir sua voz.

(Pois penso que isso ainda me restou.)

Um comentário:

I'm Sophie Rachel! Nice to meet you, stranger! disse...

João João!

Curti estes versos!
Vou ler com mais calma os outros.
Qual é a diferença entre poema e poesia?

Posso colocar link do seu blog no meu da Sophie (q está às moscas ultimamente)?

Um beijo!