sexta-feira, 11 de julho de 2008

Longos caminhos

O tempo nos apunhala.
O que podemos fazer?
Nada, afinal isso vai e volta.
O que poderíamos fazer?

Todos os dias nós choramos.
Mas porque, se é tudo em vão?
Sempre pensamos em nossas crises
Que nunca têm solução.
Todos os dias nós sofremos
Por que? Será sempre assim?
Todas as noites nos perguntamos,
Em vão: Será sempre assim?

O tempo nos faz desaparecer
Só podemos dizer adeus.
Afinal, o tempo nos apunhala.
Quando não acontece isso?

Todos os dias perdemos nossos sonhos
E isso já se tornou tão normal...
Todas as noites nos perguntamos: quem somos?
A resposta não vem; outra noite é igual.
Em todo o "amanhã", o "ontem" nos incomoda.
E o tempo que passou nos para.
Em todo "amanhã", o "ontem" é o juiz.
O tempo todo o "tempo" nos caça.

O tempo nos deixa confusos,
Estamos sempre sozinhos.
Afinal, o tempo nos faz desaparecer
Nas estradas desses longos caminhos.

Todos os dias, o que é não foi,
E assim sempre será.
Todas as noites, o certo está errado
E isso nos faz chorar.
Sempre nós tentamos tentar,
Mas nunca conseguimos conseguir.
Tudo está ao avesso:
É fácil chorar e difícil sorrir.

O tempo nos faz desistir:
Voltar tudo o que andamos.
Mas, e esses longos caminhos?
Não foi com isso que sonhamos.

(foto cedida pela Kátia, uma amiga que está um pouco longe...num tal de Japão!)

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